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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Cruz de beira de estrada



Cruz de beira de estrada
Em uma estrada deserta...
Quem morreu aqui? Foi homem ou mulher?
Você não lembra? Foi o André.
Ah! É mesmo.
Você já se esqueceu?

Mais adiante foi Bartolomeu.
Na mesma estrada, no mesmo caminho
Naquele acidente morreu Cicinho.
No mesmo ano, aconteceu a morte de Estanciano.
Foi uma grande comoção coma a partida
Trágica de Salomão.
A morte aqui já está nos rodeando
Mês passado quem nos deixou foi Fernando.
É tragédia, tanta doença, só desengano
E já são 08 meses sem Germano.
Até parece que foi ontem, mas não,
Acho até que ninguém lembrou
Da morte de João Flor, que alias
Faz um ano amanhã, foi quase igual
Com a morte de Iran.
Um dia todos teremos que partir
Era o que falava sempre Joseni
Que acabou morrendo da forma insana.
Ela que era prima de Luciana
E teve o mesmo fim.
Quem diria?
O mesmo mal que aconteceu com Maria.
Noemi foi vítima de Alzheimer 
E de nada conseguia se lembrar,
E assim também foi com Omar 
Que morreu sem nada saber.
Um triste destino.
A doença que devastou com a vida de peregrino
E que o deixou na miséria e que logo o suicidio o alcançou.
E também, contagiou sua irmã Quitéria.
É, a morte chega sem avisar 
E assim laçou Ribamar.
Chegou num momento repentino e chegou no pobre Severino,
E dele quase ninguém lembra mais,
Assim como se esqueceram de Tomás,
Que a morte o levou de madrugada,
E que por coincidência na mesma noite,
Deu as caras o Agenor.
A morte visita muito quem ela quer a noite.
Ela vem cumprir o seu destino,
Não escolhe a homem, a mulher ou a menino.
Mas em uma dessas andanças escolheu Valdivino, 
Homem simples, cidadão, vivia pela vida lutando.
Era muito parecido com Xizenando,
Estudioso das ciências ocultas, uma personalidade,
Um indivíduo bom, aliás era meio irmão de Zireton,
Que teve a infelicidade de estar no lugar errado e na hora errada.
De quem é essa cruz na beira da estrada?
É de todos eles.

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