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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

MÃOS




Que abraçam pelo grito de anunciação...
E vezes levam à morte
Mãos juntas de oração.
Fracas...
Fortes...
São elas que cumprimentam.
Elas que acariciam.
Que sentem o toque suave.
Que soltam pipas.
Elas também que seguram à força.
Dos aplausos.
Que banham o corpo.
Que plantam e arrancam árvores.
As mãos do alimento.
Na sepultura também tem as mãos.
As mãos que empurram a outros.
Que salvam vidas.
Que enxugam as lágrimas.
O ninar da criança.
O desafeto do homem pelo homem (as mãos).
Mãos dos sinais.
Tudo bem!
As mãos que escrevem.
Apagam.
Carimbam.
Pedem socorro...
A vitória refletida pelas mãos...
O apego de várias mãos na procissão.
A benção.
O corpo santo.
A cura pelas mãos.
Os anéis.
O abraço.
O aconchego.
“As mãos pelos pés”.
O sinal da cruz.
Mãos que limpam, procuram.
Que calam o sorriso.
O tapa.
O carinho...
As mãos que colhem no jardim.
Que balançam o berço.
Que seguram a palavra.
Que escrevem.
Que indicam o caminho.
Enfim, as mãos pelas mãos.

Manuel Lucena

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